Já já chega a primavera, a estação das flores. Há sempre tanta poesia nela. Aqui na minha cidade fica tudo tão bonito, porque nessa época do ano chove irregularmente e a umidade do ar fica uma delícia para admirar o florecer. Às vezes eu acho é perfeita essa metáfora do clima daqui... e vejo que, em alguns momentos, somos como essa primavera, que é linda, mas numa umidade que nem sempre é favorável pela ausência... essa primavera, que é repleta de possibilidades, só que todas, TODAS, anseiam pela chuva... chuva que virá quando Deus dará, só que ainda não.
Por que eu gosto dessa metáfora?
É que a gente nessa cultura de quero-tudo-e-agora não consegue lidar muito bem com o "ainda não". E ATROPELA os começos, engole quaisquer processos. Depois não entende como foi que afogou uma flor porque colocou nela impaciência demais...
O amor vem sempre no tempo dele e entre-meado por meios tempos. Sim, meios-tempos. Aqueles... indispensáveis para irmos construindo a auto-estima e a liberdade necessárias para fazermos as escolhas capazes de nos trazer felicidade. Aqueles, que nos preparam, que nos concedem serenidade. Aqueles que respeitam o momento da coisa.... de SER.
É que às vezes não se trata da meta final, mas do trilhar do caminho mesmo. Não da sedução pelo resultado, mas do encantamento, da leveza, da delícia de todo o percurso.
Sabe, nunca acreditei em coincidências, acidentes. Em destino muito menos. Acho que a gente faz a nossa própria sorte. Mas é que às vezes a sorte também tem o tempo dela. E a gente precisa entender. Cada coisa tem seu tempo. Como a chuva, na primavera, tem.
Por todas as possibilidades que ainda virão, por todos os recomeços, uma prece, um desejo, uma flor... Que a gente acalme nosso coração. E que ele floresça.
Amém.
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